Grupo da Amnistia Internacional
A AMNISTIA INTERNACIONAL é um movimento global de mais de 7 milhões de pessoas em mais de 150 países e territórios que luta para pôr fim aos abusos dos direitos humanos.
A nossa VISÃO é um mundo em que cada pessoa goze de todos os direitos plasmados na Declaração Universal dos Direitos Humanos e outros padrões internacionais de direitos humanos.
A nossa MISSÃO é investigar e agir de modo a prevenir e a pôr fim a abusos de direitos humanos e exigir justiça para aqueles cujos direitos tenham sido violados.
HISTÓRIA DO MOVIMENTO
Em 1961, um advogado Inglês, Peter Benenson lançou uma campanha mundial (“Apelo para Amnistia 1961”) com a publicação de um artigo proeminente “Os Prisioneiros Esquecidos” no Jornal “The Observer”. A notícia da detenção de dois estudantes portugueses que elevaram os seus copos para brindar em público à liberdade, levou Benenson a escrever este artigo. O seu apelo foi publicado em muitos outros jornais pelo mundo fora tornando-se assim na génese da Amnistia Internacional.
A primeira reunião internacional teve lugar em julho de 1961, com delegados da Bélgica, do Reino Unido, França, Alemanha, Irlanda, Suíça e dos EUA. Decidiram estabelecer “um movimento permanente em defesa da liberdade de opinião e de religião “, o qual ficou conhecido como AMNISTIA INTERNACIONAL.
No dia dos Direitos Humanos, 10 de dezembro, a primeira vela da Amnistia (o logótipo da Amnistia é uma vela envolta em arame farpado) foi acesa na Igreja de St-Martin-in-the-Fields, em Londres.
AMNISTIA INTERNACIONAL PORTUGAL
Secção Portuguesa da Amnistia Internacional foi criada em 1981, vinte anos depois da fundação do movimento internacional e resultado do esforço de vários membros portugueses da organização que manifestaram o seu interesse na criação de uma estrutura em Portugal. A Secção Portuguesa inicia o seu trabalho com 50 membros e dois grupos locais, situados em Algés e Lisboa.
Atualmente, mais de 15 mil membros, apoiantes e ativistas que, por todo o país, atuam em defesa dos direitos humanos.
COMO FAZEMOS A MUDANÇA ACONTECER?
O trabalho realizado pela Amnistia Internacional divide-se em três etapas: investigação, advocacia e mobilização.
INVESTIGAÇÃO
Informação credível é a base do nosso trabalho. Fazemos sempre a nossa própria investigação, de forma independente e as suspeitas de abusos de direitos humanos são examinadas cuidadosamente. Equipas de investigação no terreno viajam para zonas afetadas em todo o mundo para documentar e analisar abusos individuais de direitos humanos bem como padrões de abusos. Quando os nossos investigadores têm a certeza de que a informação está correta, agimos.
ADVOCACIA
Exercemos advocacia e pressão direta em líderes e decisores políticos, atuando a nível local, nacional e internacional para exigir que os líderes tomem as decisões corretas e fiquem do lado dos direitos humanos na história.
MOBILIZAÇÃO
Fazemos campanhas de mobilização e consciencialização pública sobre os abusos de direitos humanos documentados.
Criamos uma rede de membros e ativistas, dotando-os com as informações e ferramentas que precisam para que se façam ouvir, para que os direitos humanos sejam protegidos.
AMNISTIA INTERNACIONAL – COLÉGIO DE S. MIGUEL
No ano letivo 2006-2007, quatro alunas do Colégio de São Miguel, longe do rótulo de espetadoras passivas, quiseram mostrar que é possível aos jovens serem agentes da mudança, não ficando presos ou reduzidos ao silêncio e à inação. Diante da injustiça e dos vários atropelos à dignidade da pessoa humana que todos observamos à frente dos nossos olhos, estas alunas quiseram intervir e mostrar que, quando a resignação, o conformismo, a violência crescem e se tornam quase norma, ainda há esperança, porque a realidade social não é um dado adquirido, é algo que se constrói em função de sonhos, ideais, causas que não podem esmorecer, sob pena de perder o humano que há em cada um de nós.
A escolha destas alunas foi participar ativamente na criação de uma escola melhor, de um mundo melhor onde cada um possa fruir dos seus direitos. Quiseram ser sentinelas para proteger e promover os direitos humanos colaborando com a direção do Colégio e os professores e reforçando a cooperação com estes, na base do respeito e da confiança mútua.
A MISSÃO do clube, definida pelas fundadoras, é dar aos alunos do Colégio os meios de participar ativamente em diversas atividades de promoção e defesa dos direitos humanos, descobrindo e conhecendo melhor o mundo no qual vivemos e devemos intervir para corrigir o que está mal e melhorar o que pode ainda ser melhorado.
Estas alunas criaram, com um professor, o Clube da Amnistia Internacional como um meio inovador para revindicar liberdades fundamentais, para se exprimir e desenvolver atividades de sensibilização, consciencialização e de intervenção na realidade escolar e local. Desde 2006-2007, ano após ano, o clube tem-se mantido vivo e sempre fiel aos princípios para o qual nasceu: um clube de alunos para alunos, apoiado por um professor, que visa deixar marcas positivas no Colégio que deu espaço aos alunos para terem uma VOZ ativa na construção de uma escola e mundo melhores, porque «mais vale acender uma vela do que amaldiçoar a escuridão» (provérbio chinês que é ilustrado no logotipo da Amnistia Internacional – uma vela acesa rodeada de arame farpado).